O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem, 13 de abril, a concessão de reajuste de 5% para todos os servidores públicos do Executivo federal a partir de julho deste ano. O anúncio foi feito na imprensa após uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sem qualquer diálogo com os servidores e está muito abaixo do que as entidades representativas vêm pedindo ao governo para suprir a inflação acumulada.
Após o governo manifestar o seu interesse em conceder o reajuste salarial apenas para policiais e agentes penitenciários, categorias que são parte de sua base eleitoral, outros servidores se sentiram injustiçados e iniciaram uma forte campanha de mobilização, junto às suas lideranças sindicais, para pressionar o governo por uma recomposição salarial que remediaria as perdas inflacionárias dos últimos anos.
O ATENS Sindicato Nacional protocolou, no início de fevereiro, os ofícios 002/2022, para o Ministro da Economia, e o Ofício 003/2022, para o Ministro da Educação, solicitando o agendamento de uma reunião, por videoconferência, para discutir a pauta de reivindicações da categoria dos profissionais ocupantes de cargos de nível superior nas IFES. Junto aos ofícios foi anexada uma pauta discutida e elaborada em conjunto com as Seções Sindicais do ATENS SN que reivindica a recomposição salarial no valor de 28,15%, diante das perdas acumuladas desde janeiro de 2017.
O valor do reajuste anunciado, na avaliação do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), Fórum a qual o ATENS faz parte, é extremamente insuficiente, já que 5% não cobre nem mesmo a inflação acumulada nos últimos 12 meses. A indicação é que os servidores devem continuar mobilizados na construção de uma greve e a agenda de mobilizações em abril está mantida A participação e o engajamento de todos são essenciais para seguirmos fazendo pressão por uma real abertura de negociações.
Confira o calendário de atividades:
18 a 22 de abril – ações de mobilização nos locais de trabalho e vigília em Brasília;
25 a 29 de abril – jornada de lutas nos estados e reforço da vigília em Brasília;
28 de abril – dia Nacional de Paralisação.
A vigília em frente ao ministério da
Economia, que ocorre de terça a quinta, das 11h às 13h, também será reforçada nas próximas duas semanas.