Neste mês de março, quando a luta das Mulheres pela sua emancipação ganha visibilidade com as mais diversas manifestações em todo o mundo, o ATENS Sindicato Nacional saúda suas conquistas e ressalta a inegável simbologia das comemorações do 8 de Março.
A data está ligada às esperanças, ao trabalho criativo da mulher, ao seu papel na sociedade, mas também à dor e à tragédia. Na sua origem, é uma homenagem às operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte-americana de Nova York, que no dia 8 de março de 1857 fizeram uma grande greve. Elas ocuparam a fábrica para reivindicar melhores condições de trabalho. A manifestação foi reprimida com violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato desumano.
A decisão de considerar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher foi tomada em uma conferência socialista realizada em Copenhague, capital da Dinamarca, no ano de 1910. Mais de seis décadas depois, em 1975, a Organização das Nações Unidas adotou a histórica resolução de oficializar a data e os países representados na ONU assumiram, formalmente, o compromisso de, por meio de atos de governo, também celebrar o dia dedicado à Mulher.
Desde então, na maioria dos países, realizam-se conferências, debates, reuniões e manifestações de massas cujo objetivo é discutir e afirmar o papel da Mulher na sociedade. O esforço é combater os preconceitos, a discriminação, a desigualdade, a desvalorização e as injustiças sofridas.
No que pese o esforço desse gênero, que é mais da metade da população, os problemas sociais que afligem as mulheres ainda são imensos. A discriminação e a desigualdade são flagrantes.
No Brasil, o momento de retrocessos a direitos, conquistados durante décadas de luta, amplia os desafios e necessidade de aumentar a participação feminina nos órgãos de poder, na vida política, econômica, sindical, social e cultural.
Os significativos passos dados pelas Mulheres no rumo da sua emancipação e da obtenção de direitos econômicos e sociais, a partir da redemocratização do país e da realização da Assembleia Constituinte, que redigiu a nova Carta Magna, estão sendo ameaçados gradativamente por um Congresso Nacional ultraconservador.
Em todo o país, as diversas manifestações levantarão as bandeiras de igualdade de direitos e salários no mercado de trabalho, a ampliação da democracia com mais mulheres na política e o necessário debate da questão de gênero para combater o atraso que se quer implantar.
Dessa forma, o ATENS Sindicato Nacional parabeniza a todas as Mulheres pelo seu dia de luta e soma-se às entidades que comemorarão a data, conclamando a sociedade para avançar na luta por uma sociedade justa e soberana.