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Desmonte na educação: 87% das universidades brasileiras caem em ranking internacional por falta de investimento e apoio à pesquisa

A edição 2025 do ranking global de universidades do Center for World University Rankings (CWUR) revelou um dado alarmante: 87% das instituições brasileiras incluídas na lista caíram de posição. O motivo? Cortes no financiamento público e enfraquecimento da pesquisa científica.

Das 53 universidades brasileiras listadas entre as 2.000 melhores do mundo, 46 perderam posições em relação ao ano anterior. O CWUR destacou que o principal fator para a queda foi a redução no desempenho em pesquisa, agravada pela falta de apoio governamental.

Apesar de ainda ser considerada a melhor universidade da América Latina, a USP também caiu, passando da 117ª para a 118ª posição. As demais instituições mais bem colocadas do país foram a UFRJ (331ª) e a Unicamp (369ª). A UFMG, importante referência nacional e onde atuam diversos Técnicos de Nível Superior (TNS) organizados pelo ATENS, caiu para a 497ª posição.

O presidente do CWUR, Nadim Mahassen, foi enfático:

“Enquanto vários países colocam o desenvolvimento da educação e da ciência no topo de suas agendas, o Brasil luta para acompanhar o ritmo. Sem financiamento mais forte e planejamento estratégico, o país corre o risco de ficar ainda mais para trás.”

Além da falta de recursos para pesquisa e ensino, o relatório aponta que a qualidade da educação, a empregabilidade dos egressos e a qualificação do corpo docente também estão sendo impactadas negativamente.

Essa tendência de declínio não é novidade para quem atua nas universidades federais. O desmonte progressivo dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação tem efeitos concretos e imediatos: fuga de cérebros, paralisação de projetos estratégicos, sobrecarga de profissionais e perda de relevância internacional.

Mesmo assim, sete universidades brasileiras conseguiram melhorar ligeiramente suas posições, como a UFRJ, Unicamp, UnB, UFMS, UTFPR, FURG e UFTM — uma demonstração de resistência diante do cenário adverso.

Enquanto isso, a China ultrapassou os Estados Unidos em número de universidades no ranking global — um reflexo direto de investimentos robustos e contínuos em educação superior e pesquisa científica.

ATENS defende ciência, educação pública e valorização dos TNS

O ATENS Sindicato Nacional reforça a necessidade de um projeto de país que priorize o conhecimento. Defender o financiamento das universidades públicas é defender o futuro do Brasil. Isso inclui valorizar os TNS que atuam diretamente na produção científica, tecnológica e na gestão universitária, exercendo funções essenciais ao funcionamento das instituições.

A queda no ranking não é um mero detalhe estatístico. Ela evidencia o abandono de uma agenda estratégica para o desenvolvimento do país. O ATENS segue vigilante e atuante na defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade — com financiamento adequado e valorização de seus profissionais.

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