Em um momento decisivo para os rumos do país, o ATENS Sindicato Nacional, representado pelo Diretor de Comunicação Social e TI, Joaquim Aquiles Castanheira, participou ativamente do Diálogos DIAP 2025, realizado nos dias 25 e 26 de março em Brasília. O evento, promovido pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), reuniu lideranças sindicais, parlamentares progressistas e especialistas em políticas públicas para traçar estratégias de resistência contra os ataques aos direitos trabalhistas e construir uma agenda legislativa comprometida com os interesses da classe trabalhadora.
A presença do ATENS neste espaço reforça nosso compromisso histórico com a organização coletiva e a luta por um projeto de país que priorize os trabalhadores e trabalhadoras. Num cenário onde a extrema-direita avança com seu projeto neoliberal de precarização, nossa participação nesses debates não é apenas importante – é uma necessidade estratégica. Enquanto o capital tenta impor sua agenda de retirada de direitos, nós, do movimento sindical, estamos na linha de frente defendendo conquistas históricas e apontando caminhos para avançar.
A conjuntura política e os desafios da esquerda
O ex-ministro José Dirceu abriu os debates com uma análise contundente sobre os desafios políticos atuais. Em um contexto internacional marcado pela ascensão da extrema-direita, com Donald Trump nos EUA e governos reacionários na Europa, a situação no Brasil não é diferente. A burguesia nacional, aliada ao agronegócio e ao sistema financeiro, mantém uma ofensiva permanente contra os direitos sociais e trabalhistas, utilizando-se do Congresso Nacional – majoritariamente conservador – como trincheira para seus ataques.
Toninho do DIAP aprofundou a discussão sobre a “armadilha da crítica”, mecanismo pelo qual setores da mídia e da oposição de direita buscam deslegitimar qualquer política progressista do governo Lula, mesmo aquelas que beneficiam claramente o povo trabalhador. A isenção do IR para quem ganha até R$5 mil, o Vale-Gás e a liberação do FGTS são exemplos de medidas positivas que sofrem ataques sistemáticos. Essa estratégia revela o verdadeiro caráter de classe desses setores, que preferem sacrificar o bem-estar popular no altar dos interesses do mercado.
A urgência da reforma sindical e a luta pela Taxa Negocial
No segundo dia de debates, a reforma sindical emergiu como pauta central. Num contexto de precarização crescente das relações de trabalho, com a explosão dos aplicativos e a terceirização desenfreada, fortalecer os sindicatos é questão de sobrevivência para a classe trabalhadora. A Taxa Negocial, que propõe destinar parte dos recursos do Sistema S (SESI/SENAI, SESC/SENAC) para financiar a organização sindical, representa um avanço crucial nesse sentido.
Como destacou o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), enquanto as entidades patronais recebem generosos recursos do Sistema S, os sindicatos dos trabalhadores precisam lutar para garantir seu próprio sustento. Essa desigualdade precisa acabar. A CTB, a CUT e outras centrais presentes foram unânimes em defender que quem se beneficia das negociações coletivas deve contribuir para mantê-las – princípio básico de solidariedade de classe.
Em defesa do Estado e das estatais
O terceiro painel desmontou a narrativa neoliberal de que “o Estado é o problema”. José Celso, do Ministério da Gestão, apresentou dados contundentes: o Brasil tem menos servidores públicos que a média internacional, e o gasto com pessoal está longe de ser “explosivo” como alegam os arautos do mercado. A verdade é que o ataque ao serviço público esconde o interesse em privatizar direitos e entregar nossos recursos naturais ao capital estrangeiro.
Luiz Alberto, consultor do DIAP, denunciou o desmonte das estatais, com quase 100 mil demissões desde 2016, enquanto Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, lembrou que “serviço público é para todos, enquanto o privado é para poucos”. Num momento em que a direita tenta ressuscitar a PEC 32, nossa tarefa é defender cada conquista e cada espaço público com unhas e dentes.
A agenda da classe trabalhadora para 2025
O último painel traçou as prioridades para o próximo ano: isenção do IR para quem ganha até R$5 mil, redução da jornada de trabalho, regulamentação do trabalho por aplicativos e fortalecimento da negociação coletiva. Como destacou Adriana Marcolino do DIEESE, com 17,8 milhões de brasileiros na informalidade, não há mais tempo a perder.
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) foi enfático: “A redução gradual da jornada – 1 hora a menos por ano em 8 anos – é viável, mas exige pressão organizada”. Num Congresso dominado por ruralistas e banqueiros, só a mobilização popular pode garantir avanços.
Assista na íntegra
Todo o evento foi transmitido ao vivo e está disponível no canal do YouTube do DIAP:
📅 Dia 25/03: https://www.youtube.com/live/ePYLRmSRERk
📅 Dia 26/03: https://www.youtube.com/watch?v=s52uLiB492Q
Nosso compromisso: organização e luta
A participação do ATENS no Diálogos DIAP 2025 reforça nosso papel na vanguarda das lutas sindicais. Num momento onde o capital internacional avança sobre nossos direitos, onde a direita brasileira tenta reescrever a história para apagar nossas conquistas, estar presente nesses espaços é mais do que importante – é uma obrigação política.
O momento exige unidade na ação e clareza na defesa de nossos interesses. Enquanto houver um trabalhador explorado, enquanto houver um direito a defender, o ATENS estará na trincheira, organizando a resistência e apontando caminhos para uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária.
A luta continua! E venceremos!