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8M – Não querermos flores, queremos vacina

Comemorar o dia da mulher sempre foi algo impensável em uma sociedade patriarcal e cruel com as mulheres, como a nossa. Hoje é um dia para darmos visibilidade às vivências das mulheres e à sua luta por direitos e sobrevivência. Neste 8 de março, ainda no contexto da pandemia, gostaríamos de inspirar a todas e todos para uma reflexão.

Desde o ano de 2020, o mundo vive uma tragédia com o novo coronavírus e algumas pesquisas já apontam que as mulheres foram as mais atingidas pela crise sanitária. Desde que o vírus começou a se espalhar, famílias de todo o mundo passaram a sofrer com os impactos da Covid-19, mas para as mulheres, que já precisavam fazer malabarismos para conciliar várias jornadas, o cenário ficou ainda mais complexo.

Os riscos à saúde das mulheres aumentaram, assim como sua carga de trabalho e os desafios para equilibrar o trabalho e a vida cotidiana. Uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas Mulheres destacou que as mulheres correspondem a 70% dos profissionais de saúde no mundo, o que as torna mais expostas ao vírus no dia a dia. Mulheres, também, são a maioria das professoras, assistentes sociais e trabalhadoras domésticas que, além de continuarem trabalhando expostas, não foram incluídas no grupo prioritário a ser vacinado.

Durante os lockdowns, as mulheres também assumiram mais responsabilidades como cuidadoras, como mostra a pesquisa realizada pela Sempreviva Organização Feminista (SOF) ao identificar que 50% das mulheres brasileiras passaram a ser responsáveis pelo cuidado de um idoso ou de uma criança nesse período. Agora, elas estão mais sobrecarregadas com tarefas domésticas e cuidados a outros famíliares.

O confinamento necessário para controle da pandemia também provocou um aumento da violência doméstica e o feminicídio, que já possuíam dados alarmantes antes da crise sanitária e agora se mostram piores. O lar nunca foi um lugar seguro para as mulheres e o isolamento, o aumento do desemprego e do consumo de álcool, são fatores que agravaram a situação. A redução do acesso aos serviços sociais também fizeram com que os abusos passassem a durar mais.

São inúmeros os indícios de que as conquistas obtidas, duramente, pelas mulheres nos últimos anos sofreram “recuos”. Neste oito de março, lembramos que a primeira morte pelo coronavírus no Brasil foi de uma mulher trabalhadora doméstica. Rosana presente! Lutemos por ela e por todas as mulheres!

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